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Sunday, December 13, 2009

Road Test

Há duas semanas fiz o road test para tirar a carteira de motorista aqui de BC. Bem diferente do teste que fazemos no Brasil, o road test aqui é como naquele filme da sessão da tarde "Sem Licença para Dirigir / License to Drive". Por cerca de 45 minutos você vai dirigindo pela cidade e o examinador vai indicando quando você deve virar à esquerda, à direita ou executar alguma manobra específica.

Quando você chega na ICBC e é atendido no guichê eles lhe entregam um papel com algumas instruções sobre o teste. Basicamente indicam que você deverá guiar seguindo o fluxo e observando as indicações que o examinador fizer.

No meu caso a examinadora foi uma mulher. No início muito simpática, quando entramos no carro percebi logo que ela faria o papel de durona, rsrsrs. A primeira coisa que o examinador faz é pedir para que você entre no carro, dê a partida e abra o seu vidro. Ele fica do lado de fora e pede para que você acione as luzes (farol baixo, alto e piscas) para se certificar que estão funcionando. Pede também para você demonstrar com o braço esquerdo os sinais para dobrar à esquerda, direita e parar.

Depois que entra no carro, o examinador coloca um espelhinho preso no quebra sol para poder observar seus movimentos de cabeça, explica como será o teste e pergunta se você tem alguma dúvida. Ainda no carro ela pediu para eu acionar o freio de mão, que já estava engatado, e demonstrar como eu fazia o shoulder check (que é virar a cabeça por cima do ombro para ter uma visão do ponto cego do espelho retrovisor). Depois disso ela disse que eu poderia começar.

Fiz meu teste na ICBC de North Vancouver. Escolhi North Vancouver por causa da disponibilidade de datas quando fui marcar o exame. Acabou sendo a melhor opção porque um amigo brasileiro de North Vancouver, Maurício, se disponibilizou a me dar umas aulas. Como ele tinha feito o teste lá também, fiz duas aulas com ele passando pelas mesmas ruas onde provavelmente seria o meu teste. Foi ótimo também porque fiz as aulas no carro dele que foi o mesmo que utilizei no teste.

Meu teste não teve nenhuma manobra específica (parallel parking, 2 point turn, 3 point turn, cul de sac, etc.). Incluiu dirigir através de diferentes intersections (4 way stop, 3 way stop, preferenciais sem o STOP sign, etc.), algumas rotatórias, virar à esquerda e à direita em diferentes semáforos e em ruas sem semáforo, passar por ruas com sinalização de escola para observar se eu reduzia para o limite de 30 km/h e uma entrada e saída de uma rodovia. No final, já de volta ao estacionamento da ICBC, a examinadora pediu para que eu estacionasse de ré.

Errei algumas vezes durante o teste e sempre que fazia algum erro que pudesse pôr em risco a vida de alguém ou atrapalhar o trânsito, era prontamente repreendido pela examinadora, rsrsrsr. Fiquei nervoso durante o teste mas consegui manter o nível de nervosismo dentro de um limite que deu para fazer bem todo o teste. No final o resultado foi que passei, mas segundo ela foi por pouco, rsrsrs.

O teste é chatinho mas considero muito bom. Realmente analisa se você é um motorista consciente e atento aos pedestres e ciclistas. Diferente das cidades grandes no Brasil, pelo menos em relação a Recife, aqui existem muitos tipos de intersection com diferentes sinalizações e tipos de semáforos, muitas ruas sem semáforo controladas por placas de stop sign e muitas outras diferenças para o que estamos acostumados no Brasil.

Muitos brasileiros acabam sendo reprovados uma ou mais vezes por conta destas diferenças. Para mim foram fundamentais as duas aulas com Maurício e as dicas que ele me deu em relação ao teste. Também li um segundo manual da ICBC que ele me emprestou, diferente do que eu havia lido para o teste teórico e pratiquei um pouco do shoulder check em casa.

Os vícios de direção que tive que corrigir e os pontos de atenção que foram mais importantes para que eu passasse no teste foram:
  • Fazer o shoulder check. A sequência aqui é primeiro olhar no retrovisor, depois dar o sinal com o pisca-pisca e antes de fazer a manobra (mudar de faixa ou dobrar), fazer o shoulder check.
  • Manobrar apenas com as mãos por fora da direção, principalmente ao fazer as curvas.
  • Parar o carro completamente nas intersections com stop sign. Não basta reduzir ou quase parar, tem que parar totalmente e só depois avançar.
  • Manter distância do carro da frente ao parar no semáforo. No Brasil eu normalmente colava no carro da frente.
  • Antes de dar ré, fazer o que eles chama de 360º check, que é realmente olhar e virar o corpo em todas as direções para garantir que não tem nada se aproximando.
  • Durante a ré, virar o corpo para trás. Muita gente já faz isso no Brasil mas eu muitas vezes dava a ré apenas olhando através dos espelhos retrovisores.

Os pontos que errei no teste foram:
  • Numa rua principal onde ela pediu para eu dobrar a direita eu acabei parando, mesmo sem o stop sign. Deveria ter reduzido apenas mas não parado. Primeira bronca.
  • Num semáforo vermelho eu fui virar à direita, o que é permitido, mas o trânsito no outro sentido não parava e tive que esperar. Quando o sinal ficou verde minha reação foi já sair mas neste caso o semáforo de pedestres na outra rua também tinha aberto e eu tinha que esperar primeiro o pesdestre passar. Levei outra bronca rsrsrs.
  • Num semáforo verde, onde eu iria virar à esquerda, eu estava aguardando o trânsito no sentido oposto ficar livre para dobrar quando o sinal ficou amarelo. Eu deveria ter ido logo assim que o trânsito parasse mas vi um pedestre quase na faixa e esperei um pouco, sendo que o semáforo para ele estava vermelho. Levei outra bronca por estar atrapalhando o trânsito.
  • No final do teste ela também comentou que em duas situações eu mudei de faixa e não desliguei o pisca, passando por uma intersection, o que, segundo ela, é muito perigoso porque outros carros podem pensar que eu iria dobrar.

Com menos de uma semana minha carteira de BC chegou. Agora só falta pegar minha carteira do Brasil que ficou na ICBC quando tirei uma carteira provisória.

Tuesday, October 20, 2009

Tirando a carteira de motorista

Acabei de ler o post da Simone, do O Canadá me Quer, sobre o processo para tirar a carteira de motorista aqui em BC. Por coincidência, ontem fiz a minha prova teórica na unidade da ICBC aqui de downtown que fica no Royal Centre, na esquina da Georgia com a Burrard.

O processo até agora foi muito rápido e simples, parecido com o que temos no Brasil para renovar a carteira. Como a Simone disse, não é mais preciso obter uma tradução da carteira de motorista do Brasil. Eu tinha lido no site da ICBC que precisava traduzir mas resolvi ir na ICBC sem a tradução e ninguém me pediu nada.

No site da ICBC tem o manual em pdf que você pode baixar para estudar para o teste, além de um simulado com 25 questões que você pode fazer quantas vezes quiser. Eu fiz o simulado duas vezes e consegui a pontuação mínima (80%) somente na segunda tentativa. Aí preferi baixar e ler o manual todo para poder me familiarizar com algumas palavras que não conhecia e também para poder saber de todas as regras daqui.

Acho que é importante ler o manual todo, mesmo sendo um pouco extenso, porque existem algumas diferenças nas leis e regras de trânsito daqui em relação ao Brasil. A principal diferença (que eu e Mari percebemos primeiro na rua, como pedestres, e só depois de estudar o manual fui entender o motivo) é que os carros podem avançar o sinal vermelho para dobrar a direita, mas somente depois de parar no semáforo e se não vier carro na transversal, dando prioridade aos pedestres.

Na ICBC, já na entrada, havia uma primeira fila onde o atendente ia direcionando as pessoas para um segundo atendimento. Eu disse que tinha a habilitação do Brasil e que queria tirar a habilitação de BC, o atendente viu minha habilitação e me entregou uma senha para aguardar o segundo atendimento.

O segundo atendente fez o meu cadastro no sistema. Lá eles pedem dois documentos de identificação: apresentei o PR Card e o Care Card mas eles aceitam vários documentos como primeira e segunda indentificação. A primeira identificação pode ser o passaporte e a segunda pode ser um cartão de crédito. Como parte do cadastro o atendente me levou para tirar a foto para o documento, perguntou se eu faria o teste teórico no mesmo dia e cobrou a taxa de $15. No final, anotou o número do meu cadastro na ICBC num papel e me disse qual o computador que eu deveria usar para fazer o teste.

O teste não é difícil mas tem algumas questões em que duas das alternativas parecem corretas. A medida que você responde uma pergunta já recebe o resultado e pode a qualquer momento ver qual o percentual de acerto até aquele momento. Você precisa responder até 50 questões e não tem um limite de tempo para responder a uma pergunta ou mesmo para completar o teste.

Depois de terminar o teste você pode se sentar e aguardar. Depois de algum tempo um atendente lhe chama pelo nome. Lá recebi o resultado do teste e, como passei, fiz um rápido exame de vista. Depois recebi um cartão com um número para ligar e agendar meu teste prático. Como minha habilitação do Brasil ainda está válida (90 dias) e não estou dirigindo, optei por não tirar ainda uma habilitação provisória. Com esta habilitação, você pode dirigir acompanhado de uma outra pessoa que tenha habilitação, até que conclua o teste prático e receba a habilitação definitiva.

Tuesday, January 6, 2009

Voltando ao ar

Feliz, feliz, feliz 2009! Assim, com muita força, pra que seja mesmo!

Estou voltando ao ar com...

1) ... algumas novidades

* enviamos hoje os formulários e os antecedentes criminais atualizados para o Consulado. Quem acompanha o blog sabe que eles ainda não foram solicitados (procedimento que vem sendo padrão para o pedido dos exames médicos). "Eu, hein?! Que povinho ansioso esse aí..." você pensa com seus botões aí do outro lado, mas como eles disseram que poderíamos assim fazer, fizemos. Só posso dizer que a sensação é boa, de menos uma pendência.

* torci o pé direito no dia 31. Bom que não foi nada grave, ruim que uso uma botinha daquelas removíveis (um charme, pra não dizer o contrário) e fofo o maridinho me carregando no colo logo depois do acontecido! ;)

* adquiri uma super inflamação na garganta dia 02. A parte boa (vejam só como as coisas acontecem!) é que o anti-inflamatório do pé também serve pra tratar a garganta, então um remédio a menos pra tomar! :P

2) ... alguns desejos

* não me afundar de trabalho, como aconteceu no último trimestre de 2008.

* ser muito mais tolerante e paciente com as pessoas e com os acontecimentos.

* ser mais saudável, digo, perder uns quilinhos, fazer mais exercício, me acostumar a passar creminhos e protetor solar todo dia... (meninas, completem a lista, que eu sei que ela é quase igual pra todas nós!)

* e, claro, ir para o Canadá ainda esse ano (na verdade, ainda no primeiro semestre, se o Consulado e a crise deixarem).

... e são só desejos mesmo. Esse negócio de fazer promessas e resoluções não funciona mesmo pra mim.

Queria agradecer muito os comentários do post anterior! Com a correria, não consegui ir de blog em blog deixando os recadinhos natalinos que gostaria, mas acho que a partir desse mês vou poder voltar a interagir mais!

Monday, June 9, 2008

docs - 9. Other Documents

Last but not least! Por último, mas não menos importante, chega até esse blog a postagem sobre os outros documentos...

Sem muito blá, blá, blá, vamos ao que diz a carta:

Other Documents

- Authorized language test results (IELTS, TEF, CELPIP) or a written submission providing evidence of your stated language ability.
- Passport photocopies.
- Proof of relationship to your relative in Canada. (Self-sworn affidavits do not constitute satisfactory proof of relationship.)
- Recent original Police Clearance Certificates for you or your dependents aged 18 years and above, issued by the police authorities for each country, including Canada, in which you or your dependants have resided for six months or more since you turned 18 years.
- Photographs as per specification available on the link below, height and eye colour information for principal applicant and all dependents.

Information on how to obtain the Police Clearance Certificates is available on the following site:
http://www.cic.gc.ca/english/police-cert/index.html
(OBS: este site foi atualizado recentemente para: http://www.cic.gc.ca/english/information/security/police-cert/index.asp)

and for the RCMP:
http://www.rcmp-grc.gc.ca/crimrec/finger2_e.htm#Obtain

Additional documentation may be required if deemed necessary. For all documents please provide uncertified photocopies unless specified otherwise.

Should you require further information regarding the above documents, you may access the following link: http://www.cic.gc.ca/english/pdf/kits/guides/E37134.pdf

Essa, então, é a parte que fala dos documentos complementares requeridos, contendo também o finalzinho da carta. Como vocês podem ver, não são menos importantes, já que problemas com eles podem mesmo barrar o visto. Ah! Observem que as únicas coisas originais que eles solicitam (em toda a carta!) são os atestados de antecedentes criminais. É por isso que o Consulado anda devolvendo alguns documentos originais, como certificados do IELTS. Mas as pessoas enviam porque este documento aqui diz que um monte de coisas precisa ser original... Nós, no entanto, resolvemos seguir as orientações da carta.

Traduzindo, ou melhor, interpretando, o que eles pedem é o seguinte:

- os resultados dos testes de língua que você fez (IELTS, TEF ou CELPIP), ou uma declaração por escrito provando suas habilidades com as línguas inglesa e francesa (as duas ou uma das duas, conforme seu caso). Veja aqui o que aconteceu com o Diniz, em relação a isso.
- Cópias dos passaportes.
- Prova de parentesco com alguém que já mora no Canadá.
- Originais recentes dos atestados de antecedentes criminais para você e cada um dos dependentes acima de 18 anos, de cada país (ou cidade) em que moraram por mais de 6 meses após os 18 anos.
- Fotografias, conforme especificações, altura e cor dos olhos para o aplicante principal e todos os seus dependentes.

E nós??? Bom, seguindo a nossa linha do "pecando pelo exagero", enviamos o que eles pediram e um pouquinho mais. Segue:

* Cópia do Report Form do IELTS (Mariana)
* Cópias dos atestados do TEF, provas obrigatória e facultativa (Mariana)
* Cópias dos dois passaportes (página inicial e página com foto e informações da pessoa)
* Certidão de Antecedentes Criminais da Polícia Federal (original dos dois)
* Certidão de Antecedentes Criminais da Polícia Estadual (original dos dois)
* Certidão de Distribuição Cíveis e Criminais da Justiça Federal (original dos dois, impresso da internet)
* Application da RCMP (Royal Canadian Mounted Police). A RCMP envia o atestado direto pro Consulado, então não tenho como saber se eles já receberam. Como já é a segunda vez que envio esse application (na primeira vez parece ter extraviado), resolvi mandar uma cópia do formulário que enviei pra polícia, todos os e-mails trocados com a polícia e com o Consulado a respeito deste assunto e a cópia do rastreamento do objeto informando que o negócio já chegou até a polícia canadense. E, completamente desprovida de ansiedade, não fui mais atrás disso, naquela de "vou me estressar pra que? Se der algum problema, eles vão entrar em contato!".
* Um papel informando a cor dos nossos olhos e a nossa altura (ficamos na dúvida se era pra colocar isso atrás das fotos, já que eles estavam no mesmo tópico, mas não colocamos)
* As 6 fotografias de cada um, naquele formato chato (página 12 desse documento aqui) com nome completo e número do processo escrito atrás de cada um - não nos perguntem onde vimos isso, apenas achamos que deveria conter esse tipo de informação, caso elas se misturassem com outras coisas durante a análise do dossiê.
* Cópias das nossas carteiras de motorista. Para que? Não sei ao certo, mas para servir como um documento brasileiro, onde constam nossos dados, como identidade, CPF... enfim! Já estávamos enviando os passaportes, né? Então acaba não tendo muito motivo não.

Pronto! Ufa!! Espero que tenha dado para ajudar alguém por aí! ;)

Mariana

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Tuesday, May 20, 2008

docs - 8. Proof of Funds

Chegando ao penúltimo post da série que trata dos documentos requeridos pelo Consulado, o tema da vez é comprovação de fundos, ou seja, o montante de recursos financeiros de que você dispõe para não passar fome ou morrer de frio nos 6 primeiros meses de permanência no Canadá, caso não consiga arrumar antes disso um trabalho remunerado.

Este link aqui mostra uma tabelinha que informa o quanto é necessário possuir, a depender de quantos membros compõem a sua família. Hoje, um casal precisa ter CAN$ 13,198.00. Acho sempre válido lembrar que estes valores são o que o governo canadense calcula e, claro, pode ser muito, razoável ou muito pouco, de acordo com os hábitos e padrões de vida da família. Por isso, é muito importante pesquisar sobre custo de vida na cidade que você pretende morar.

Mas... voltando ao assunto, vamos ao que diz a carta de solicitação dos documentos:

Proof of Funds

- Bank statements.
- Income Tax Declaration.
- Fixed deposit receipts.
- Securities (shares, debentures, bonds)

Vocabulário de finanças é fogo, né? Mas entendemos que são: extratos bancários, declaração do imposto de renda, títulos (ações, debêntures, notas promissórias, hipotecas) e "fixed deposit receipts" - não entendi direito o que é, mas pesquisei no Google e vi que não se aplica ao nosso caso... alguém saberia explicar? De todo jeito, dá para ver que a composição de fundos engloba dívidas também!

Bom, sendo assim, nós enviamos o seguinte:

* Planilha com demonstrativo e somatório das nossas finanças (uma espécie de resumo da documentação enviada nesta seção, só para organizar melhor).
* Impressão da página de conversão do Banco Central, informando o total em reais e em dólares canadenses, já que o valor é requerido nesta moeda.
* Extratos dos últimos três meses das nossas aplicações (poupanças, fundos de investimento, ações e previdências privadas).
* Extratos dos últimos 3 meses das nossas contas individuais e conjunta.
* Cópias dos documentos dos carros, anexadas ao preço de mercado da tabela FIPE (através de e-mails trocados com o Consulado, confirmamos que eles aceitam o valor dos carros na comprovação de fundos - muito bom!!!).
* Declarações do imposto de renda dos dois.

Além dos carros, não temos nenhum outro bem em nosso nome, mas acredito que eles aceitem escrituras de casas, terrenos, apartamentos, salas comerciais e afins...

Cenas do próximo e último capítulo: IELTS, TEF, antecedentes criminais e muito mais... Aguardem! ;)

Mariana

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Tuesday, May 6, 2008

docs - 7. Work History

Contrariando a maré baixa de posts aqui no blog, estou de volta, muito antes do que vocês (e até eu!!!) esperavam. Na verdade, 8 diazinhos só de diferença entre dois posts é record dos últimos meses!

O motivo do post é muito nobre, pois vou falar de uma parte suuuuper complexa da documentação: a comprovação da experiência profissional. Pelo menos assim foi (complexo) para nós, ou melhor, para mim, que possuo os seguintes "fatores complicantes":
- sou sócia da empresa em que trabalho hoje, ou seja, não tenho mais carteira assinada;
- presto serviços através desta empresa, mas também através de outras parceiras (explico: ora o contrato com o cliente é assinado através da minha empresa, ora através de outras);
- nunca havia solicitado cartas de referência de empregos passados ou dos clientes atendidos.

Se você não se identifica com o meu caso, sorte sua! Tudo muito (mas muito!) mais simples. Veja só como esta seção é tratada na carta enviada pelo Consulado:

Work History

- Employment contract, work booklet.
- Last three pay slips issued by your present employer.
- Employment reference letter indicating your position, duration of employment and duties.

If you are self-employed, you must provide:
- Copies of business registration.
- Proof of business conducted with clients, such as invoices/bills.
- Balance sheets.
- Income tax returns.
- Proof of your license to practice (if you are a private practitioner)

Traduzindo, no nosso entendimento, o que eles pedem é o seguinte: contratos de emprego, carteira de trabalho; últimos três contra-cheques emitidos pelo seu empregador atual; carta de referência indicando a sua função, o período do contrato e as suas responsabilidades. Se você é self-employed (autônomo, sócio da empresa, etc.): cópia do contrato social; provas de negócios feitos com clientes, como recibos e notas fiscais; balancete; declaração de imposto de renda; provas da licença para praticar a profissão.

Nossa dúvida, de cara, foi que, diferentemente das seções anteriores da carta (immigration forms, civil documents e education) esta não veio com aquele textinho introdutório padrão "the following documents are required, as applicable, for yourself...". Assim, ficamos sem saber se os dois precisavam enviar, ou só o principal. Por via das dúvidas, para garantir ou pecando por excesso (como queira! rs) nós dois enviamos!

Até tentei tirar algumas dúvidas com o Consulado, como "o que exatamente serviria de prova de negócios feitos com os clientes?" ou "devo enviar uma declaração da minha própria empresa?" mas ao receber um simples "a Sra. pode enviar toda e qualquer comprovação", desisti de perguntar e acabei enviando "toda e qualquer comprovação"!

Bom, pra acabar com esse suspense, o que nós enviamos, separado entre principal applicant e spouse, foi o seguinte:

*MARIANA
- Carta explicativa, tipo uma folha de rosto (achei necessário explicar o que estava enviando, apesar de cada documento ser óbvio)
- Currículo (como podem observar acima, ele não é solicitado na carta, mas resolvemos enviar mesmo assim, pois somos um pouquinho teimosos e preparamos nossos currículos bonitinhos, todo em inglês e nos moldes canadenses - achamos que poderia agregar, mas não fazemos idéia se isso vai acontecer)
- Contrato social da empresa da qual sou sócia
- Comprovante de inscrição e de situação cadastral da empresa
- Atestados de qualificação técnica emitidos pelos clientes que já atendi
- Notas fiscais emitidas para os clientes que já atendi
- Recibos de pró-labore e de outras retiradas (últimos 3 meses)
- Declaração da contabilidade da empresa atestando os valores recebidos dos últimos 3 meses
- Declaração da parceria (ou consórcio, como chamamos) entre as empresas através das quais presto os serviços de consultoria
- Carteira de trabalho e declaração da empresa que trabalhei anteriormente (só porque as funções que exercia contam pontos pra mim, já que se classificam no NOC, Skill Type 0 or Skill Level A or B)
- Declaração do internship não-remunerado que fiz em Vancouver (mandei usando a mesma lógica do currículo, para agregar, mas a princípio estágio - ainda mais não-remunerado! - infelizmente não conta pontos para o processo)
OBS: enviei a declaração de imposto de renda, mas resolvi colocá-la na seção de Proof of Funds.

*DANIEL
- Currículo (mesma coisa do que coloquei acima: nos moldes canadenses e em inglês)
- Carteira de trabalho
- Três últimos contra-cheques
OBS: como podem perceber, Daniel não enviou a carta de referência (teoricamente solicitada para o spouse - até hoje não sabemos!), pois não contou oficialmente ainda no trabalho sobre nossos planos.

E é isso! Sei que o post ficou grande demais e meio confuso... peço desculpas, mas até eu fiquei um pouco confusa na hora de definir e organizar a papelada toda...

Queria aproveitar e agradecer os comentários! É muito bom ter esse feedback e saber que podemos estar ajudando alguém, assim como muita gente já nos ajudou e continua ajudando!

Mariana

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Monday, April 28, 2008

docs - 6. Education

"Antes tarde do que nunca..."

Acho que esse é o lema deste pobre blog abandonado! Mas, o que importa é que, como prometido, estou de volta falando dos documentos solicitados pelo Consulado e enviados por nós. A seção da vez é Educação.

Na carta, eles colocaram assim:

The following documents are required, as applicable, for yourself, your spouse, and for each of your dependent children over age 22.

- Official transcript(s) for secondary and post-secondary courses.
- Diploma(s) for secondary and post-secondary courses, e.g. Technical/Bachelor/Masters/Doctorate

Mais claro e simples, impossível, na minha opinião. A dor de cabeça é só ir atrás deles, se ainda não os tiver, tendo você estudado em universidades públicas que demoram até DOIS ANOS para emitir um simples diplominha... No nosso caso, já tínhamos os bonitinhos em casa antes mesmo de dar entrada no processo.

Protestos à parte, o que o Consulado pede é o histórico escolar (aquele que vem com todas as cadeiras que você pagou e respectivas notas) e o diploma - para cada curso técnico, de graduação e de pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e afins) que você já fez. Os mesmos documentos são solicitados para seu(sua) esposo(a) e filhos, se aplicável ao seu caso.

E o que nós enviamos? Pergunta besta, hein? Sim e não... O que acontece é que, digamos, não respeitamos muito a "simplicidade" dos documentos solicitados pelo Consulado. Mas este desrespeito é muito bem justificado: como também enviamos nossos currículos (também não solicitados, mas assunto para o post da seção de "Work History"), informando nossas qualificações, cursos e treinamentos, acreditamos que eles ficariam sem consistência, caso não fossem acompanhados pelos certificados que provam tudo o que já fizemos. Se eles vão considerar eu não faço a mínima idéia, mas... como diz o Eminem, "you only get one shot, do not miss the chance to blow, this opportunity comes once in a lifetime"...

Nosso pacotinho de Education ficou assim (separado entre principal applicant e spouse):

*MARIANA
- Diploma da graduação
- Histórico escolar oficial da graduação
- Declaração de conclusão do MBA, incluindo o histórico
- Certificado de conclusão do curso de PMBOK (preparatório de 72h para tirar o PMP, do PMI, que ainda não fiz)
- Declaração da Aliança Francesa, informando que conclui o curso intermediário
- Certificado do ECPE, da Universidade de Michigan
- Certificados dos cursos que fiz em Vancouver (Business English e TEFL - Teaching English as a Second Language)
- outros certificados de cursos curtos que fiz na ESPM, no SEBRAE, na AMCHAM, etc.

*DANIEL
- Diploma da graduação
- Histórico escolar oficial da graduação
- Certificado da high school que estudou, quando fez intercâmbio de 1 ano nos Estados Unidos
- Declaração do curso de espanhol, informando que estudou até o nível avançado
- Certificado do TOEIC, com folha de pontuação
- outros certificados de cursos curtos que fez através das empresas que já trabalhou e trabalha e de instituições como as que coloquei acima.

Um detalhe importante: enviamos tudo como cópia simples mesmo, conforme eles orientam na carta.

E vocês? Como fizeram ou pretendem fazer? Será que exageramos? Será que o Consulado chega a considerar alguma dessas coisinhas extras? Agradeço demais um comentário!!

Mariana

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Wednesday, March 19, 2008

docs - 5. Civil Documents

Dessa vez demorei, hein? Peço desculpas àqueles que acompanham o blog com freqüência e também àqueles que ficaram aguardando mais informações sobre a documentação que é requerida pelo Consulado... A correria está muito grande, mas tudo deve se normalizar a partir do próximo mês!

Volto com um post bem enxutinho sobre os documentos civis. Na carta que recebi, eles são mencionados da seguinte forma:

The following documents will be required, if applicable, for yourself, your spouse, and for each of your dependent children

- Birth certificates
- Marriage certificates
- Divorce certificates
- Child custodianship/guardianship
- Adoption decrees
- Death certificates in the case of widow/widower

Simples, não? Pelo menos para nós, já que só se aplicam ao nosso caso as certidões de casamento e nascimento. Tiramos cópias simples delas e... pronto! No nosso método de organização da papelada, essa foi a primeira seção que ficou pronta. ;)

Boa sorte pra quem não vai ter a vida tão fácil assim como a nossa com esta parte da documentação! Sabemos que alguns desses documentos podem ser bem chatinhos de se conseguir...

Espero voltar em breve (!!) pra falar da seção Education.

Mariana

Friday, February 22, 2008

docs - 4. Immigration Forms

Cá estou eu voltando a falar de documentos e iniciando os comentários sobre cada uma das seções da carta de solicitação. Até que demorei, mas só um pouquinho... ;)

A parte da carta que fala dos Immigration Forms é assim:

An updated application form (IMM008) for yourself, your spouse, and each of your children of 18 years and over. These forms are available at:
http://www.cic.gc.ca/english/immigrate/skilled/application-regular.asp

- Application for Permanent Residence in Canada (IMM0008) for principal applicant only
- Schedule 1, Background Declaration (IMM0008)
- Additional Family Information form (IMM5406)
- If you are in common-law union, please fill-out the form Statutory Declaration of common-law union (IMM4509), available at:
http://www.cic.gc.ca/english/pdf/kits/forms/IMM5409E.PDF

Inicialmente, o texto acima parece ser bem claro, mas só quando fomos preencher todos os forms foi que nos deparamos com algumas dúvidas.

* logo no início do texto eles dizem que todos precisam do IMM008 atualizado, mas logo no primeiro marcador, dizem que é só para o "aplicante" principal. Observando o formulário e constatando que ele é bem similar ao outro (o primeiro, de dar entrada no processo), decidimos preencher só para o principal.

* o Schedule 1, Background Declaration, foi preenchido para os dois, assim como o Additional Family Information. Não preenchemos o de common-law union, pois somos casados no civil.

* a carta não menciona o formulário de Use of a Representative (IMM5476), necessário para pessoas que contratam consultores ou advogados para tocar o processo para elas. Não é o nosso caso, mas este form está disponível no site que eles indicam...

* outro form que está disponível no site, mas não mencionado na carta é o Schedule 3, Economic Classes - Federal Skilled Workers. Mais uma vez avaliamos o formulário para decidir o que fazer. Verificamos que ele, combinado com o application form (IMM008), resultaria naquele formulário de dar entrada no processo e, como algumas informações requeridas nele não constavam em mais nenhum dos outros forms, resolvemos preenchê-lo também, mas só para mim, aplicante principal.

E foi isso! Deu um trabalhinho........ já havíamos preenchido eles antes, logo no início do nosso processo, mas eles mudaram um pouco de lá para cá. Foi tudo em inglês e na hora de colocar algumas informações ficamos com dúvidas (tipo "Universidade Federal" ou "Federal University"?), mas procuramos usar o bom senso e contar com o bom senso do Consulado.

Estamos à disposição se alguém precisar de alguma ajudinha, tá?

Mariana

Monday, February 11, 2008

Foi!

Conforme previsto numa postagem de dezembro, comemoramos um ano de blog com o envio da documentação em janeiro! Deixei o "pacotinho" no dia 28 nos Correios e, infelizmente, não deu pra deixar registrado aqui na ocasião... Hoje faz duas semanas que ele seguiu. Perguntei ao Consulado de SP se é enviada qualquer confirmação de recebimento, mas eles disseram que não e quando não recebem no prazo de 4 meses solicitam um novo envio.

Bom, para quem ainda não passou por isso, só posso dizer que é papel que não acaba mais! Nunca pensei... Tinha um checklist prontinho desde antes da solicitação da papelada, com tudo o que precisávamos mandar, mas o tempo foi passando, fomos atrás das coisas, mas nunca terminava. Até que estabelecemos um deadline, já que as certidões de antecedentes criminais iriam vencer. A última semana foi um correria sem fim pra conseguir as últimas coisas...

Mas deu tudo certo!! Organizamos tudo de uma forma bem simples, já que a minha idéia de colocar em pastinha foi por água a baixo quando a Ju escreveu no blog dela que a pasta que ela deixou lá foi destruída...

Como vcs podem ver na foto, organizamos tudo de acordo com as seis seções da carta de solicitação dos documentos: Immigration Forms; Civil Documents; Education; Work History; Proof of Funds; Other Documents. Cada seção tinha um saquinho e nas seções de Education e Work History havia uma divisão entre os meus documentos e os de Daniel. Preparamos esses tags para identificar cada seção e prendemos com um clipe junto à documentação.

Tudo seguiu em cópia simples, exceto as certidões de antecedentes criminais que precisam ser originais, conforme eles solicitam. Preparamos uma carta de apresentação, que foi fora dos saquinhos, só pra deixar tudo mais explicado, organizado e formal. No final do processo de organização, fizemos uma listagem com todos os documentos que estávamos enviando e tiramos cópias dos originais que seguiram. Caso haja qualquer problema (Deus nos livre!) temos, dessa forma, um backup de segurança e podemos: 1) reenviar todo o pacote novamente e 2) saber direitinho o que foi enviado, caso o Consulado questione alguma coisa.

Por fim, preparamos o envelope com o número do processo bem grande, colado na frente e atrás, pois eles pedem para fazermos referência ao número do arquivo "B..." sempre que nos comunicarmos com eles.

Esse bonitinho aí em cima pesava mais de 800 gramas!

A minha INTENÇÃO agora é escrever os próximos posts falando da preparação de cada uma das seções, das nossas dificuldades, dúvidas e do conteúdo. Espero que dê certo e que não demore muito!

Mariana

Wednesday, January 23, 2008

Sim, estamos vivos!

Um post rápido só para avisar que estamos vivos! ;) As férias foram ótimas e não, infelizmente não acabamos de voltar... É que aquela correria típica do pós-férias não deixou uma brechinha de tempo pra cuidar do coitado do blog (nem das minhas unhas, nem da minha dieta, nem dos meus exercícios, nem de um bocado de outras coisas!).

Queria muito estar escrevendo este post dizendo que já enviamos a documentação, mas ainda não... Isso porque a quantidade de coisas que precisei recolher parece infindável! Declarações de um monte de empresas para comprovar a parte do "work experience", já que sou "self-employed", entre outras coisinhas (quem já passou por isso deve estar me entendendo).

Em breve espero estar escrevendo sobre o envio da documentação e sobre tudo o que reunimos dentro do envelope que seguirá para o Consulado. Portanto, aguardem cenas dos próximos capítulos!

Um ótimo início de ano para vocês!!

Mariana

Monday, November 26, 2007

docs - 3. Declaração da empresa

Comprovar a experiência de trabalho deveria ser, na maioria dos casos, uma coisa simples, ou seja, uma cópia da carteira de trabalho. No meu caso não...

Hoje, eu trabalho numa empresa em que sou sócia, presto serviços de consultoria organizacional através dela, mas também através de outras empresas parceiras. Na empresa em que trabalhei antes desta, a minha carteira de trabalho foi assinada com uma função super genérica e que não exprime o que eu realmente fiz por lá (e que combina perfeitamente com as descrições do NOC).

O que fazer, então?

Bom, para a empresa que trabalhei antes, preparei uma declaração para eles assinarem, no seguinte modelo:

DECLARAÇÃO

Declaramos, para os devidos fins, que __(nome completo)__, RG nº __(número e órgão expedidor)__, CPF nº __(número)__, foi funcionário(a) da __(nome da empresa)__, com sede à __(endereço)__, CNPJ nº __(número)__, no período de __(data por extenso)__ a __(data por extenso)__.

Atestamos ainda que a pessoa supracitada exerceu a função de __(nome da função)__ e que cumpriu com suas obrigações de forma satisfatória.

__(data: Local, XX de XXX de 200X.)__

______________
__(nome do supervisor direto ou representante da empresa)__
__(cargo da pessoa acima)__

- FIM -

Eu pedi para imprimirem no papel timbrado da empresa e colocar o carimbo logo abaixo da assinatura da pessoa. Se quiser, ainda pode acrescentar no modelo o salário recebido e um detalhamento maior das funções.

Lembro apenas que essa declaração foi criada por mim, ou seja, não se trata de um modelo padrão exigido pelo Consulado Canadense ou nada do gênero. Pode estar dentro do que eles esperam ou não! Apenas resolvi colocar por aqui para ajudar, quem sabe, alguma alma necessitada! ;)

Para comprovar minha experiência atual é ainda mais complexo... Mas isso é assunto para um próximo post!

Mariana

Friday, November 16, 2007

docs - 2. Diplomas

Estávamos com uma dúvida desde o início do processo sobre nossos diplomas do segundo grau: é mesmo necessário enviar uma cópia junto com a documentação, uma vez que temos o diploma da universidade?

Claro que, se tivéssemos os certificados guardados, esta nunca seria uma dúvida, mas reviramos o baú e só quem encontrou o dele (e mesmo assim só uma cópia) foi Daniel... Tenho uma lembrança clara de que entreguei o meu original à universidade no ato da matrícula, mas antes de pensar em acionar a máquina burocrática e a boa vontade dos funcionários públicos da UFPE, resolvi saber se é mesmo necessário.

Para tirar a dúvida, então, enviei um e-mail para o Consulado e eles me responderam que o diploma e o histórico do terceiro grau seriam suficientes! Muito bom, hein?!

O outro que vou enviar é o do MBA que, mesmo não contando pontos, me dá um ano e meio a mais de tempo de estudo. Esse daí vai só o certificado de conclusão mesmo, pois estão querendo me cobrar R$300,00 por um diploma e eu acho um absurdo ter que pagar por uma coisa que, a princípio, seria um direito meu.

Bom, devemos organizar a documentação neste final de semana e em breve escrevo mais sobre isso.

Mariana

Saturday, November 10, 2007

docs - 1. Certidões de antecedentes

Decidimos tirar as certidões de antecedentes criminais só quando a carta com o pedido da documentação chegasse. Por que? Bom, porque elas têm validade de 90 dias e o risco de expirarem antes da chegada da carta existia. Para que ter trabalho duas vezes, né?

Estas certidões precisam ser tiradas por todos aqueles acima de 18 anos, de todos os países e estados onde morou por pelo menos 6 meses, após os 18 anos.

No nosso caso, precisamos de 4 certidões, sendo três para nós dois e uma só para mim. Vou explicar abaixo como elas podem ser obtidas:

* Certidão de Antecedentes Criminais da Polícia Federal: recomendo ir primeiro ao site do DPF (Departamento de Polícia Federal) e, no menu do lado esquerdo, clicar em Serviços à Comunidade. Procura a seção de formulários e clica em Formulário de Requerimento de Antecedentes Criminais. Lá você pode optar pelo preenchimento manual ou pelo digital (podendo ser digital, por que não?). Depois imprime, anexa a cópia do RG e leva à delegacia da sua região. Aqui em Recife ela fica no Recife Antigo, na Rua Cais do Apolo (um pouco depois da Prefeitura). Eles estão dando um prazo mínimo de 10 dias, por conta da greve, e não tem custo. Levei a minha e a de Daniel, devidamente assinadas e não houve problemas para aceitarem a dele, mesmo não tendo ido pessoalmente. Ah, e não esperei nem 10 minutos!

* Certidão de Antecedentes Criminais da Polícia Estadual: acho que essa varia muito de lugar para lugar. Aqui em Recife é simples, pois existe o Expresso Cidadão que oferece o serviço. Daniel foi na unidade do Cordeiro, com a cópia das nossas identidades (no caso, a CNH), preencheu o formulário, pagou a taxa (8 reais e pouco, cada) e deu entrada na dele. A minha, eu precisava assinar, então ele trouxe o formulário para casa, assinei e no outro dia ele levou lá e deu entrada (muito bonzinho esse meu maridinho, hein?). São 4 dias úteis para ficarem prontas.

* Certidão de Distribuição Cíveis e Criminais da Justiça Federal: quando tudo parecia estar consumindo um bocado do nosso tempo, essa certidão chega para nos deixar felizes! Mais simples impossível para tirá-la, tudo pela bendita Internet! Bom, é só ir no site da Justiça Federal, olhar no menu do lado direito (Consultas) e clicar em Certidão Negativa. Uma nova página será aberta para a escolha do estado e depois é só ir seguindo os passos óbvios e imprimir sua certidão! Nós depois validamos e imprimimos a validação também.

* Certified Criminal Record Check da RCMP (Polícia Canadense): essa daí eu já dei entrada e só Deus sabe onde anda... Explico: como é a mais demorada das 4, logo em abril enviei o formulário para a RCMP e eles devolveram o report em junho, diretamente para o Consulado. Acontece que ninguém no Consulado de SP recebeu ou sabe dizer onde foi parar. E eu, como fico? Ótima pergunta! Estou pensando em enviar junto com a documentação os e-mails trocados com a RCMP, na esperança que o próprio pessoal do Consulado vá atrás disso. Em último caso, eu vou ter que dar entrada novamente...

Estamos bem felizes por estarmos conseguindo resolver tudo isso relativamente rápido e sem muitas complicações (sem contar, claro, com os probleminhas que ainda posso ter com a certidão canadense, mas só vou me preocupar com isso mais pra frente).

Para maiores informações, no site oficial da imigração é possível encontrar as explicações básicas sobre certidões de cada país.

Mariana