Empresa canadense sediada em Vancouver declara falência apenas dois meses após a contratação de um brasileiro.
O mar parece mesmo não estar para peixe. Mesmo com os rumores de que a crise na economia americana não afetaria em grande escala o mercado canadense, os recentes acontecimentos não confirmam o que dizem os mais otimistas.
Esta semana, uma empresa canadense sediada em Vancouver, BC, desenvolvedora de aplicativos para sistemas de grandes multinacionais do setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), declarou a sua falência. Os funcionários foram pegos de surpresa e, entre eles, está o brasileiro Bruno, contratado há apenas dois meses, através de um programa de internship. "Não imaginava que a empresa estivesse passando por este momento difícil. Esperava, inclusive, estender meu contrato e conseguir um visto de trabalho no Canadá", afirmou.
O setor de TIC, passando por grande desenvolvimento em todo o mundo, poderia não sofrer os impactos mais profundos desta crise, mas sem contratos renovados e clientes que arquem com os custos dos projetos, as empresas - de qualquer setor - não têm como enfrentar seus custos fixos.
Imigração
O Canadá é um país aberto à imigração e vem recebendo, anualmente, mais de 240 mil novos imigrantes. Assim como Bruno, milhares de pessoas em todo o mundo estão buscando uma nova experiência pessoal ou profissional no país. Observando o cenário notório, pode-se deduzir que o momento atual não é o mais propício para o futuro imigrante chegar ao país.
Além das várias barreiras que precisam ser enfrentadas pelos newcomers, como adaptações à língua local, clima e hábitos culturais, há ainda a desgastante fase de procura pelo primeiro emprego canadense. O tempo para a primeira contratação, que normalmente leva de três a seis meses, num momento de tantas incertezas econômicas, pode ir bem além do esperado.
O governo canadense oferece apoio não-financeiro (orientações e cursos diversos) às famílias que chegam ao país e exige que elas tenham um capital mínimo de segurança para os primeiros meses sem emprego, em que não vão poder contar com a renda do salário. No entanto, é responsabilidade do imigrante avaliar seus custos e prever o montante que deverá ser desembolsado até a primeira contratação. Em momento de crise, mais um alerta na hora do planejamento para a mudança.
Nota: este texto foi escrito pela autora do blog e não possui qualquer caráter científico. Nenhum estudo foi realizado para fundamentar esta composição, que é fruto exclusivo de leituras eventuais e conclusões da autora. A pessoa mencionada na matéria, Bruno, é irmão da autora e a empresa citada é o local onde ele, por enquanto, trabalha no Canadá.
Thursday, November 20, 2008
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7 comments:
Oh, God!!! A matéria é "fictícia", mas a falência é de verdade, né? Oh, God! Não acredito que essa crise foi chegar justo agora, justo agora!!! E eu podia ter ido ANTES!!!! Oh, God!
K.
que falta de sorte. rs Desculpe rir, mas... coitado. O mar não está para peixe mesmo. Não é só no Canadá, não.
Boa sorte,
cArol
Queria colocar meus 2 cents como dizem os americanos.
Estamos ha 2 meses nos EUA e eu estou trabalhando no mercado financeiro, por isso tenho visto o comportamento dos mercados com lupa e tenho tido acesso a varias pessoas super experientes. Infelizmente o curto e medio prazo serao ruins e o Canada (e o Brasil) nao estao imunes. A imprensa de ambos os paises inventou um descolamento inexistente. E obvio que essa crise afeta os dois principalmente pelo preco de commodities e, portanto, suas moedas e a conta corrente desses paises.
Nao acho que seja motivo de desespero, mas e claro que o mercado ja esta mais dificil. O Canada, por exemplo, ja preve um deficit no orcamento em 2009. Enfim, todos sobreviveremos, mas 2009 nao sera um ano dos mais faceis.
Oi Mariana, tb estou no processo federal mas bem mais atrasada que vcs, entreguei os docs no final de agosto. Bom, com a crise fico mais preocupada, ainda mais porque tb penso em Vancouver e o preço de aluguel lá é caríssimo, não é? De qualquer forma só devo ir em 2010 e quem sabe até lá está tudo melhor... E vcs? vão logo que receberem o visto, mesmo com a crise?
bjs
Marcia
Oi Mariana, tudo bem?
É, cada vez mais a situação está mais complicada, não é mesmo? Como você mesma disse, já não é fácil para o imigrante ter todas essas barreiras para superar e ainda por cima ter uma crise dessas, é pra desanimar qualquer um que estáeja começando a ler sobre imigração, o que não é o nosso caso.
Mas é uma pena os planos do seu irmão não terem saído como ele planejou. Mas como tudo na vida não acontece por acaso, essa situação também não será diferente. Algumas portas se fecham e outras se abrem.
E como ele vai fazer agora? Ele tem que voltar para o Brasil ou poderá trabalhar em outra? Espero que dê tudo certo pra ele!
Um grande abraço!
Vitor
Nessas horas o fato do nosso processo ainda estar no começo ajuda. Quando formos as coisas devem estar melhores. Espero.
Oi Mari..
Sinto muito pelo emprego do seu irmão.. Mas tenho certeza de que ele encontrará um outro emprego tão bom ou melhor que ele estava.. A gente tem que ser otimista, sabe..?
Mas infelizmente essa crise tb afetou nossos planos.. Vamos adiar um pouquinho nossa entrada no processo.. =//~ Mas as coisas vão melhorar..
Beijos,
Anne
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