Um pouco de utilidade neste blog também faz bem, né? Nem sei quanto tempo faz que não coloco uma coisinha mais útil por aqui! :/
Bom, hoje me deparei com esse artigo do The Star tratando de uma das grandes barreiras enfrentadas pelo imigrante frente ao mercado de trabalho canadense: a língua. Vou destacar uns pontos interessantes:
* Uma pesquisa constatou que a grande maioria dos empregadores rejeita imigrantes treinados fora do país porque acha que eles não têm o nível de inglês necessário, enquanto a grande maioria dos imigrantes acredita que o inglês que tem está bom.
> Comentário: o cara estuda inglês a vida inteira, tem uma nota super alta no IELTS e, ainda assim, não pode achar que tem um nível satisfatório? Sim!!! Esta é a realidade! Oras... se um dos testes de inglês mais reconhecidos no mundo diz que o meu inglês é high, por que vou achar que não é? A questão é simples: não conhecemos as minúcias da língua, o inglês da vida real, que está fora dos livros de gramática. Como disse a entrevistada da matéria, se alguém pergunta ao recém-chegado "How did you find the test?", ele provavelmente vai responder literalmente, dizendo que foi a um website e fez o download, ao invés de dizer que o teste foi bom ou ruim.
* Se os empregadores buscam o inglês perfeito (the Queen's English) por um lado, podem acabar perdendo bastante, por outro, numa economia volátil e globalizada.
> Comentário: tudo bem que isso é vida real e ninguém pode se dar ao luxo de sair contratando imigrante com inglês ininteligível, só para fazer o bem. Mas, dispensar o cara que errou só uma preposiçãozinha? E o pior: eles não têm coragem de dizer à pessoa que a estão dispensando por conta disto! Só acho que, com um pouquinho de bom senso, dá pra ver a diferença entre um cara realmente travado e outro que em três meses vai estar bem desenrolado.
Finalizando, acho que é nossa obrigação (para nosso próprio bem, na verdade) chegar o mais preparado possível em relação à língua da cidade onde pretendemos morar. É importante valorizar nossos conhecimentos, estudos e a boa nota que recebemos no exame. Mas, o que não podemos é achar que nosso inglês/francês já é fluente para os padrões de lá (ele não é!) e não nos esforçarmos para melhorar a pronúncia das palavras, aprender a falar com a entonação do sotaque local, prestar atenção aos detalhes da língua que só se aprende na rua mesmo, ampliar nosso vocabulário e por aí vai... Sinceramente, não consigo engolir uma pessoa morando há séculos num país e continuar com aquele mesmo sotaque gringo sofrível. Mas isso é outra história... De qualquer forma, eu não tiro completamente a razão dos empregadores canadenses, não, viu?!
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7 comments:
Oi Mari, tudo bem?
Muito legal seu post! E revoltante também! Explico.
Do que adianta tanto estresse em se preparar para o IELTS se no final ele não quer dizer ou não significa muita coisa? Não é verdade?
A mesma coisa acontece com a lista das profissões. Quem é que vai chegar lá já administrando as empresas? Acontece, mas podemos contar nos dedos de uma mão. No final, todos terminam em survival jobs mesmo.
Aiaiai, eita vida complicada essa de imigrante, viu?
Beijos,
Vitor
Oi pessoal,
Realmente, existe uma diferença muito grande do inglês ensinado pelo mundo e o falado em países como o Canadá. Além da questão das minúcias do idioma, também deve-se levar em conta certas referências próprias de cada cultura, que muitas vezes podem fazer com que o imigrante não saiba de cara do que se está falando. Por exemplo, referências a nomes de políticos, esportes, cultura local que só aos poucos vamos pegando, depois de já estarmos por aqui.
Mas uma coisa que ajuda muito é a base do inglês que temos ao chegar aqui. Se por um lado aprender o inglês gramaticalmente correto não ajuda na hora de falar como um nativo, por outro ele proporciona a base necessária para aprender mais rapidamente esse inglês coloquial quando se chega aqui (dependendo do esforço de cada um, claro), e ainda faz com que muitos imigrantes tenham um domínio gramatical (pelo menos escrito) melhor que o de alguns nativos.
Um abraço,
Fejas
maplebrasil.blogspot.com
Eleita!!!..rsrs
Voto em vc Mari..rs Adorei seu ponto de vista com relação a esse assunto crítico. As pessoas se acomodam muito e culpam o sistema pelo seu fracasso...
Atingir a perfeição na nova língua pode ser difícil, mas buscar essa perfeição é o mínimo que podemos fazer se quisermos ser tradados de igual pra igual com um nativo. É isso...
bjs
Rosi
Com certeza é uma questão complicada, tenho um professor colombiano que mora no Brasil a 15 anos e até hj ele tem sotaque e não sabe falar varias coisas em portugues... coisas basicas...
Tem getne que acha q não precisa evoluir.
T+
Tudo de bom.
Oi Mariana, vamos em Junho. Já vendi o ap, e estou tentando vender tudo para mês que vem chegarmos em Salvador onde meu marido trabalha. De lá vamos embora para Toronto. Daqui a pouco e você!! Um beijo,
Silvia
Oi Mariana, obrigada pelo comentário lá no blog, sobre o emprego do Paulo.
Com relação ao inglês posso te dizer o seguinte: Se você tem fluência, bom vocabulário e com a auto-estima em dia. Não precisa temer. Digo auto-estima pelo fator de ficar procurando emprego, recebendo alguns nãos, isso mina um pouco a pessoa. Mas o que percebemos por aqui, o sotaque nem é levado tanto em conta. Desde que você fale direitinho e tenha bom vocabulário, o resto é questão de adaptação mesmo. Em pouco tempo você verá que desenferruja rapidinho. Eu sou muito otimista você sabe, mas também me preparo para as situações. Venha preparada com uma boa grana para se manter nos primeiros tempos, invista bastante no aprimoramento por aqui, cursos, workshop e tudo mais.
Toda a sorte do mundo para vocêis.
Grande beijo, Eliane.
Gostei muito do seu post. Dia 21 vou detonar esse IELTS e deixar mais um etapa pra trás.
E a vida segue...
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