Wednesday, August 6, 2008

Alguém me tira daqui!

Hoje acordei da pior maneira possível: muito antes do horário previsto e com um barulho insuportável. Eram 5h20 da "madrugada" e um doente achou que poderia colocar o som do carro nas alturas enquanto corria no parque. Detalhe 1: eram só aquelas músicas de aula de step, localizada e aeróbica das academias. Detalhe 2: ele deixou o som ligado e foi correr pelo parque esperando, no mínimo, que pudesse ainda ouvir quando estivesse a 1km de distância, né?

Daniel acordou também e ficamos tentando entender o que se passava, pois não dava pra ver exatamente de onde vinha o som. Resolvi ligar para a polícia no 190, já que os policiais que ficam 24h num posto a 20 metros do local não fizeram nada (sim! não estou exagerando não! era só atravessar a rua!). É claro que a polícia chegou 5 minutos depois - a piada do ano, hein?! É claro que ninguém deu as caras!

Quando identificamos que o som realmente vinha de um carro estacionado exatamente na frente do parque e exatamente no meio de uma vaga para deficientes e de um espaço pintado de amarelo (daqueles PROIBIDO ESTACIONAR), Daniel resolveu descer para tentar alguma coisa, mas eu disse para ele ir falar direto com a polícia do posto da frente e não com o anormal. Mas teimoso como ele só, foi em direção ao carro (e eu só olhando tudo de cima...). O coisa não estava lá, mas um senhor disse que quando uma senhora chegou para reclamar ele disse que era coronel e que poderiam chamar a polícia se quisessem, pois ele não iria desligar. Daniel foi então à polícia do outro lado da rua (é sério, é do outro lado mesmo!) e falou com o guardinha que disse que isso era mesmo um absurdo e que já ia tomar uma providência, mas quando viu o segurança do parque indo até o indivíduo, ficou na dele. Detalhe 3: ontem à noite, umas 21h, 22h... tinha um vendedor de CD pirata também na entrada no parque tocando os últimos sucessos das paradas bregas e o guardinha deve ter ficado lá só curtindo (como estávamos na TV, vendo quem era a assassina, não incomodou muito).

Me deu uma raiva tão grande, um ódio... só pensava em como poderia existir uma pessoa assim... queria sair daquela situação tão absurda (e olhe que já passei por isso muitas vezes no passado, quando morava na beira-mar e a farofada adorava animar o dia com um brega ou um forrozinho nos meus sábados e domingos de estudo para o vestibular). No final das contas, quando Daniel desceu, ele já tinha baixado o som - deve ter sido na hora em que o segurança falou com ele. Pouco tempo depois que ele subiu o cara desligou tudo e foi embora - ficou claro que nem ele consegue suportar aquele tipo de música e naquele volume, enquanto dirige...

Sei que quando o dia da mudança chegar vou ficar bem feliz por me livrar desse tipo de coisa (lembram do outro louco que estacionou o carro na frente da entrada da garagem?), mas vou sentir muita falta de um monte de coisas e uma delas é o lugar onde moramos. Adoro meu bairro, adoro o parque, adoro nosso ultra-mini apartamento. Se pudesse, transportaria tudo isso para algum lugar entre a Georgia St. e a English Bay (downtown Vancouver)...

Mariana

4 comments:

Sara e Vitor said...

Oi Mariana!

Que lugar abençoado, hein!? hehehe... Hoje em dia, tem muita gente sem noção mesmo! Se você montar um circo aí, vai faturar uma nota, porque palhaços tem de monte! Já pensou nisso? rsrsrs :P

Um grande abraço, Mariana!

Vitor

Sandro e Família said...

Mariana

Falta pouco para darmos boas risadas dessas situações quando nos encontrarmos em Kitsilano para um piquenique.

Esse post é um pequeno retrato da impunidade e falta de respeito para com o próximo do nosso país do futuro.

Abração

Carolina said...

É Mari!Falta pouco!

bjs,
Carol

Anne Caroline said...

Mah..

Eu acho que teria jogado um balde de água na cara do cidadão.. Nossa.. Tinha coisa mais interessante pra fazer não, seu $%@#&..? Mas ainda bem que looogo, logoooo vcs estarão longe.. E aproveitando.. =]~

Beijos,

Anne